5 de Setembro de 2010
Foi notícia que, em pleno centro de Paris, foi encontrado o cadáver dum português morto já há dois anos.
Há semanas, o semanário Expresso informava que “os cadáveres não reclamados em Lisboa são cada vez mais de idosos que morrem sós. Ficam meses na morgue até a que a Misericórdia os sepulte”.
Que mundo é este?
A par de campanhas de solidariedade com notoriedade mediática, persistem tragédias surdas de isolamento e abandono; seguramente associadas à pobreza, mas sobretudo à indiferença e egoísmo da sociedade.
É nos grandes centros que esta realidade é mais frequente.
Felizmente, ainda é possível confirmar hoje o que Miguel Torga dizia em 1958, a propósito duma sua passagem pelo Salgueiral, aldeia do concelho de Arganil:”são muito pobres estas nossas aldeias sertanejas…Mas gozam dum bem que nenhuma riqueza compra: a de serem imunes à solidão. Apesar de viverem desterradas do mundo, e fazerem parte de uma pátria de desterrados, dentro dos seus muros reina o convívio.”
As aldeias vão ficando cada vez mais despovoadas, mas, uma coisa é segura: aqui, ainda ninguém morre abandonado
Foi notícia que, em pleno centro de Paris, foi encontrado o cadáver dum português morto já há dois anos.
Há semanas, o semanário Expresso informava que “os cadáveres não reclamados em Lisboa são cada vez mais de idosos que morrem sós. Ficam meses na morgue até a que a Misericórdia os sepulte”.
Que mundo é este?
A par de campanhas de solidariedade com notoriedade mediática, persistem tragédias surdas de isolamento e abandono; seguramente associadas à pobreza, mas sobretudo à indiferença e egoísmo da sociedade.
É nos grandes centros que esta realidade é mais frequente.
Felizmente, ainda é possível confirmar hoje o que Miguel Torga dizia em 1958, a propósito duma sua passagem pelo Salgueiral, aldeia do concelho de Arganil:”são muito pobres estas nossas aldeias sertanejas…Mas gozam dum bem que nenhuma riqueza compra: a de serem imunes à solidão. Apesar de viverem desterradas do mundo, e fazerem parte de uma pátria de desterrados, dentro dos seus muros reina o convívio.”
As aldeias vão ficando cada vez mais despovoadas, mas, uma coisa é segura: aqui, ainda ninguém morre abandonado
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