sexta-feira, 29 de maio de 2009

Somos Todos Responsáveis

28 de Maio de 2009




A pretexto das mais diversas questões é vulgar ouvir-se:”o Governo não faz...eles...ninguém faz nada...”Sempre os outros;poucas vezes nos interrogamos acerca do que individualmente podemos e devemos fazer .
Sem minimizar as responsabilidades do Estado,a verdade é que ele será melhor ou pior consoante as pessoas exerçam ou não a plenitude dos seus direitos e deveres.
Pretendo dizer que o contributo individual é essencial para um Portugal melhor.
Parafraseando Kennedy,em qualquer momento da nossa vida e sempre que exigirmos do Estado, cada um de nós se deve questionar acerca do que pode e deve ser a sua cooperação.
E nem sequer se pede que façamos grandes coisas:apenas que sejamos solidariamente responsáveis no nosso dia a dia.
Vivemos em comunidade e dependemos uns dos outros.Enriquecemo-nos com o convívio e bom ambiente que construirmos à nossa volta:a sociedade será consequência dos nossos pequenos actos individuais.Aproveitando a circunstância de hoje se comemorar o Dia do Ambiente deixo aqui um pequeno exemplo/desafio das pequenas coisas que podemos fazer:Se eu,os meus vizinhos e todos os outros mantivermos limpas as nossas testadas,teremos as nossas ruas mais limpas,aldeias mais lindas e, afinal,um país mais saudável

quinta-feira, 21 de maio de 2009

RIVALIDADES CASEIRAS

21 de Maio de 2009



Queixam-se algumas pessoas que há excesso de associações em muitas das nossas terras.Salvo melhor opinião, não partilho dessa preocupação.
Reconhecendo que vai sendo mais difícil encontrar pessoas disponíveis para as manterem activas,ainda assim, eu penso que o problema não está na quantidade desses movimentos,mas sim na mentalidade das pessoas.
É saudável a coexistência de várias e diversas associações,sejam elas recreativas,desportivas ou culturais;cada uma terá os seus meios e objectivos; mal existirá quando,em vez de se complementarem, se combatem.
Parafraseando Miguel Torga,direi que em arte e cultura não pode haver adversários;deverá haver sim o esforço de cada criador(associação) para transformar para melhor o meio em que está inserido.
Daí que o prejuízo não venha da diversidade;pelo contrário ,é com ela que se sai mais enriquecido.
Precisamos da conjugação de iniciativas e esforços: é eficaz e revela inteligência.
Custa-me a entender que numa mesma terra,freguesia ou concelho,possa haver rivalidades entre Bombeiros e Filarmónicas,entre Ranchos e Tunas ,por exemplo,particularmente se provocadas por invejas.
Mais incompreensível se torna, quando sabemos que,por norma,quem preside a estas associações são pessoas empenhadas e altruístas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Abandono de Idosos

14 de Maio de 2009


Há pouco tempo, o presidente da Confederação Nacional das IPSS,Pe Lino Maia,denunciava que há cada vez mais casos de abandono de idosos nos hospitais,realçando que estas situações eram mais frequentes nos centros urbanos e entre famílias com mais posses económicas.
Noutra ocasião,também recente, o Bastonário da Ordem dos Médicos alertava para o facto de haver administrações hospitalares,obedecendo a uma lógica meramente economicista, que estavam a pressionar os médicos para libertarem camas ocupadas por idosos.
A esta realidade mais mediática junta-se uma outra,não menos grave,mas quase sempre escondida: o abandono,negligência e maus tratos a que muitos idosos são sujeitos no seio das suas próprias famílias.Destas situações não há estatísticas(a OMS aponta para números à volta dos 6%) porque são sofridas entre paredes e,na maioria dos casos,sem denúncias.
Chegados aqui,pergunta-se:Quem se preocupa com os idosos?
Qualquer dos casos é revoltante e exige respostas.Desde logo do Estado a quem compete proteger a terceira idade através de políticas sociais de apoio e protecção ao idoso;mas também das famílias, da sociedade no seu conjunto e de cada um de nós.
Nenhum Governo sério pode permitir que os interesses economicistas retirem dignidade ao idoso.
As famílias que por egoísmo fogem às suas responsabilidades têm que ser denunciadas e responsabilizadas.Nada pode justificar o abandono,negligência ou maus tratos.
A sociedade em geral deve estar atenta e empenhada neste problema.
Cada um de nós deve sentir-se responsável,mais que não seja por omissão, na denúncia de casos conhecidos.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

SOPA E LAGOSTA

7 de Maio de 2009


A pretexto da tão falada crise, todos falam da necessidade de fazer sacrifícios.
Se é coisa a que a grande maioria dos portugueses já está habituado desde há muito, também é verdade que há pessoas para quem isso é uma tragédia.
Na realidade, os sacrifícios não são o mesmo para todos.
Se uns, como alguém dizia com graça:”antes da crise já comiam sopa e agora, com a crise, continuam a comer sopa”, outros haverá para quem é uma tragédia ter que comer agora menos lagosta.
Sempre que se exigem sacrifícios, as grandes vítimas são quem menos os pode e deve fazer. E porquê? A razão principal está no sistema social e tributário injusto e corrupto. Se todos pagássemos impostos proporcionalmente aos rendimentos, os sacrifícios não só seriam menores, mas principalmente mais justos.
Por outro lado, para que os cidadãos possam compreender e aceitar os sacrifícios pedidos, é indispensável que políticos, sobretudo os governantes, dêem exemplo e garantia de que eles se justificam e valerão a pena. Desde logo, eles próprios acabando com despesas supérfluas e muitas das regalias inerentes à função; depois, defendendo e praticando políticas de rigor, seja nos investimentos, no controlo do desperdício, seja sobretudo no combate à fraude e corrupção.
Se temos que fazer sacrifícios, que eles sejam proporcionais e aproveitados para fazer de Portugal um país socialmente mais justo.