quinta-feira, 9 de julho de 2009

Justiça Social

09 de Julho de 2009


Foi o banqueiro Fernando Ulrick, presidente do BPI, quem afirmou:”o governo deve ter particular atenção à coesão social e aos mais desfavorecidos”. Quando lhe perguntaram:”onde vai buscar os recursos?”, não hesitou em afirmar:”pode aumentar os impostos sobre os que estão melhor, de modo a ser redistributivo e a ajudar os mais vulneráveis e os mais desfavorecidos. Admito que crie um escalão adicional de IRS para os que ganham mais e não me chocava que se criasse uma tributação das mais-valias em ganhos com instrumentos financeiros.”A citação é longa, mas vale pelo conteúdo e pelo autor.
Estamos habituados a este discurso vindo geralmente de pessoas identificadas como sendo de esquerda.
Na realidade a injustiça social é um problema da sociedade e como tal, a todos deve preocupar. Resulta do egoísmo e infelizmente este pecado tanto cega ricos como pobres.
Porque as desigualdades sociais, além de atentado à dignidade humana, são factor de agravamento da violência e instabilidade, os mais privilegiados, mas particularmente os governos, têm que ser sensíveis a esta realidade, actuando e legislando para que haja mais equidade.
Daí que eu entenda como natural as afirmações deste banqueiro: foi positivo ter dito o que disse.
É um recado aos mais ricos e um repto ao governo.
Há dinheiro: está mal distribuído e, muitas vezes, é mal aplicado.

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