Ainda há quem olhe para os ex-combatentes como responsáveis ou cúmplices das guerras em que foram obrigados a participar.
Tal sentimento gera revolta, particularmente naqueles que foram mobilizados para o então chamado ultramar português e também nas respectivas famílias que os esperavam angustiadas.
Pouco importa agora saber das convicções dos combatentes de então. Acredito que a esmagadora maioria não tinha sequer consciência das motivações de tais guerras: partiam porque a isso eram obrigados.
Fosse como fosse, combateram em obediência e defesa de valores da sua pátria e nunca por interesses individuais.
Só por isso merecem a compreensão e reconhecimento dos compatriotas e justificam que lhes seja prestada justiça.
Conheço e tenho notícia de muitos que perderam a vida, mas de muitos mais que, embora tenham sobrevivido, foram gravemente afectados tanto física como psicologicamente. É particularmente para estes e famílias que se exige seja feita justiça. O Estado não estará de boa consciência enquanto não o fizer.
As várias associações ou núcleos de combatentes que existem por todo o país, sendo úteis e necessárias para manter unidos e solidários os combatentes, não podem, nem têm por missão substituir-se à responsabilidade dos governos.
PS- Foi a 9 de Abril de 1918 que em França, na Batalha de La Lys, as tropas portuguesas sofreram o maior desastre, depois de Alcácer-Quibir: aí morreram mais de 7.500 homens. Já então Jaime Cortesão, médico nas trincheiras, denunciava: …pois se em Portugal não mandam reforços e nos esquecem…
Tal sentimento gera revolta, particularmente naqueles que foram mobilizados para o então chamado ultramar português e também nas respectivas famílias que os esperavam angustiadas.
Pouco importa agora saber das convicções dos combatentes de então. Acredito que a esmagadora maioria não tinha sequer consciência das motivações de tais guerras: partiam porque a isso eram obrigados.
Fosse como fosse, combateram em obediência e defesa de valores da sua pátria e nunca por interesses individuais.
Só por isso merecem a compreensão e reconhecimento dos compatriotas e justificam que lhes seja prestada justiça.
Conheço e tenho notícia de muitos que perderam a vida, mas de muitos mais que, embora tenham sobrevivido, foram gravemente afectados tanto física como psicologicamente. É particularmente para estes e famílias que se exige seja feita justiça. O Estado não estará de boa consciência enquanto não o fizer.
As várias associações ou núcleos de combatentes que existem por todo o país, sendo úteis e necessárias para manter unidos e solidários os combatentes, não podem, nem têm por missão substituir-se à responsabilidade dos governos.
PS- Foi a 9 de Abril de 1918 que em França, na Batalha de La Lys, as tropas portuguesas sofreram o maior desastre, depois de Alcácer-Quibir: aí morreram mais de 7.500 homens. Já então Jaime Cortesão, médico nas trincheiras, denunciava: …pois se em Portugal não mandam reforços e nos esquecem…
Eis um dos assuntos mais mal resolvidos pela democracia. Ainda por cima, por causa de um complexo que não tem razão de ser.
ResponderEliminarApoiar os ex-combatentes e assumir as responsabilidades que o país tem perante eles e as suas famílias é, até, uma condição de paz. No presente e para o futuro.