domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Navegador

4 de Março de 2010


A 4 de Março de 1394 nascia o Infante D. Henrique, que viria a ficar conhecido como O Navegador.
Foi com o seu patrocínio que se iniciaram os Descobrimentos e, com eles, o Império Português. Tudo numa época em que Portugal, após a vitória de Aljubarrota, precisava de consolidar a sua independência e autonomia face aos Castelhanos.
Desde logo ficou evidente que o nosso território era pequeno para tanta ambição. Não sendo realista provocar os nossos vizinhos de Castela, a alternativa era a expansão ultramarina. Foi nessa epopeia que D. Henrique adquiriu grande protagonismo. Não tanto pelos seus feitos como navegador, que nunca terá sido, mas sim pela maneira inteligente como se rodeou de pessoas sábias e experientes e, sobretudo por ter tido o grande mérito de sistematizar informação já conhecida e outra que ia sendo adquirida.
Os Descobrimentos influenciaram a economia, ciência, artes e religião em todo o Globo.
Até então os povos, separados por barreiras intransponíveis, desconheciam-se.O facto de, na época, todo o comércio terrestre com o Oriente ser controlado pelos Muçulmanos era humilhante para o Ocidente Cristão.
A descoberta das rotas marítimas para o Oriente veio alterar tudo isto. A Portugal, mas também a toda a Europa, começaram a chegar enormes riquezas, em ouro, especiarias e outros bens. O nosso País conheceu anos de grande opulência. De lastimar que tivessem sido poucos os beneficiados, já que ao povo pouco ou nada chegou. Na realidade, enquanto a corte, nobreza e alta burguesia enriqueciam com o que vinha de fora, o interior do país ia ficando cada vez mais esquecido e abandonado; mas isto é outra história que valeria a pena contar.
O que hoje pretendo relevar é o contributo que Portugal deu para o progresso da Humanidade.
D.Henrique soube incentivar um espírito descobridor que galvanizou os portugueses para um projecto nacional que influenciou o mundo e perdurará para nosso eterno orgulho.
A nossa história ensina-nos, e D. Henrique e os Homens do seu tempo demonstraram-no: os Portugueses perante situações difíceis sempre se motivam e sabem agir.
Hoje, perante as conhecidas dificuldades, é o momento para a nossa geração o comprovar.

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