27 de Maio de 2010
Já em finais do Séc.V os Gregos criticavam os chamados retóricos, porque “faziam parecer melhor o pior dos argumentos”, ou seja, utilizavam a sua facilidade de falar, abusavam de argumentos e sofismas inteligentes para enganar.
Eu acho que em Portugal, neste Séc.XXI, ainda sofremos deste mal.
Quase sempre, quando se abusa da retórica e de outros artifícios verbais é para esconder a verdade ou disfarçar incompetências.
Discursos e outras conversas são o que mais ouvimos de muitos dos nossos políticos e analistas; mas, pior do que isso, frequentemente, muitos dos que apenas se evidenciam pela retórica são detentores de cargos de grande responsabilidade. Governo, Assembleia e outros Órgãos públicos estão ocupados por muita gente cujo curriculum é feito exclusivamente de palavreado, comícios e muito oportunismo, sem qualquer obra ou trabalho feito: toda a sua carreira é conversa fiada.
Um exemplo bem actual é a frequência com que os políticos dizem e se desdizem, justificando sempre as suas contradições com bem articuladas arengas.
O que mais me surpreende é a indiferença da sociedade perante isto. Parecemos resignados ao desabafo “são todos a mesma coisa”.
Não tem que ser assim. É tempo de sermos exigentes: não basta falar bem, é preciso mostrar obra, valorizar mais as acções do que as palavras.
Já em finais do Séc.V os Gregos criticavam os chamados retóricos, porque “faziam parecer melhor o pior dos argumentos”, ou seja, utilizavam a sua facilidade de falar, abusavam de argumentos e sofismas inteligentes para enganar.
Eu acho que em Portugal, neste Séc.XXI, ainda sofremos deste mal.
Quase sempre, quando se abusa da retórica e de outros artifícios verbais é para esconder a verdade ou disfarçar incompetências.
Discursos e outras conversas são o que mais ouvimos de muitos dos nossos políticos e analistas; mas, pior do que isso, frequentemente, muitos dos que apenas se evidenciam pela retórica são detentores de cargos de grande responsabilidade. Governo, Assembleia e outros Órgãos públicos estão ocupados por muita gente cujo curriculum é feito exclusivamente de palavreado, comícios e muito oportunismo, sem qualquer obra ou trabalho feito: toda a sua carreira é conversa fiada.
Um exemplo bem actual é a frequência com que os políticos dizem e se desdizem, justificando sempre as suas contradições com bem articuladas arengas.
O que mais me surpreende é a indiferença da sociedade perante isto. Parecemos resignados ao desabafo “são todos a mesma coisa”.
Não tem que ser assim. É tempo de sermos exigentes: não basta falar bem, é preciso mostrar obra, valorizar mais as acções do que as palavras.