quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Terceira Idade

29 de Outubro de 2009


O dia de hoje é dedicado à 3ªIdade.
Falar dela é falar da velhice,só que esta palavra parece fora de moda.Ninguém gosta de ser tratado por velho e a sociedade “inventou”esta expressão para suavizar a coisa.
Mais importante do que as palavras com que rotulamos esta fase da vida é a maneira como a encaramos.
Envelhecer é um processo contínuo que deve ser vivido com naturalidade.
É indiscutível que hoje se vive durante muitos mais anos do que no passado.A sociedade do futuro terá cada vez mais pessoas idosas.Há projecções que prevêem que em 2060 residirão em Portugal 271 idosos, por cada 100 jovens.Isto só por si não é mal, no entanto obriga a que tenhamos que nos adaptar a esta realidade.Não basta viver mais anos;o importante é fazê-lo com qualidade e dignidade até ao fim.
Apesar dos progressos,manda a verdade que se diga que ainda estamos longe de responder a essa exigência.
Quando lemos que há mais de 13.000 idosos em lista de espera para conseguir lugar em Lares apoiados pelo Estado;quando temos notícias da forma desumana como funcionam alguns lares;quando constatamos as limitações de muitos outros,impossibilitados de proporcionar qualidade de vida aos seus utentes;não falando da grande maioria de velhos que vivem em casa de familiares,ou na sua casa,sem as condições mínimas, tomamos bem consciência do muito que há por fazer.
Porque a vivência da velhice tem a ver com o ambiente que a rodeia,é fundamental que o Estado e a sociedade criem condições para que a Terceira Idade corresponda a um envelhecimento activo que proporcione vontade de viver.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Agricultura Familiar

22 de Outubro de 2009


Na sequência do que dizia na semana passada a propósito do regresso às suas terras de muitos desempregados e reformados ainda activos ,hoje falarei da Agricultura Familiar,que tão ignorada tem sido pelos sucessivos governos.
No Brasil,no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário,existe a Secretaria da Agricultura Familiar.Um dos objectivos é “valorizar e divulgar o conceito da agricultura familiar como actividade económica fundamental para o desenvolvimento sócio-económico sustentado do meio rural”.
Em Portugal pouco se fala deste assunto e ,no entanto,o nosso país tem as melhores condições para que se incentive este sector , já que temos diversidade de territórios rurais e de agricultura.Precisamos de flexibilizar e descentralizar as acções de apoio à agricultura familiar.
Se queremos manter vivo o interior, temos que promover o desenvolvimento rural.Este,para ser sustentável,tem que se apoiar na pequena agricultura familiar ou mesmo a tempo parcial.Na continuidade desta,outras actividades se desenvolverão,tais como a silvicultura,artesanato,turismo,etc.
Como dizia:é preciso aproveitar a circunstância deste retorno à terra,de modo que possa representar uma boa alternativa em tempo de crise.

domingo, 18 de outubro de 2009

Regresso às Origens

15 de Outubro de 2009


Durante muitos anos assistimos ao abandono das nossas aldeias ,particularmente pelos jovens que procuravam melhores condições de vida.À medida que os mais velhos ficavam impossibilitados para o trabalho as terras iam ficando incultas.
Assim se chegou ao panorama desolador do nosso meio rural!
Devido à crise,mas também a pretexto da mesma,muitas empresas encerraram ou ameaçam fazê-lo, provocando desemprego.E para este não se vê alternativa a curto prazo.
Estamos já com uma muito elevada percentagem de portugueses a viver do sempre escasso subsídio.Como bem sabemos, esta situação não se pode eternizar:menos produção e menos receita não dão para manter este agravamento de despesas;e quando o dinheiro é pouco,as primeiras vítimas são quem menos tem.
É neste contexto de dificuldades que se compreende o regresso às origens de muitos destes desempregados e reformados ainda activos.
Bom seria que este regresso fosse devidamente acompanhado e apoiado com medidas concretas de estimulo à Agricultura Familiar ou a tempo parcial de que falarei em próximo Ponto de Vista.
Seria incompreensível também que as Autarquias não estivessem atentas a esta nova realidade,assegurando as melhores condições a quem procura o mundo rural.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Politica Social Autárquica

de Outu8 bro de 2009


Quando se fala de acção social logo pensamos nos problemas das pessoas mais carenciadas ou marginalizadas.
Para lhes dar resposta existem várias instituições a nível de freguesia e concelho.Neste particular, as Autarquias têm responsabilidades,na medida em que,através dos chamados Conselhos Locais de Acção Social,deverão garantir um adequado
Planeamento,aproveitando os vários recursos e competências de modo a tornar o trabalho destas várias instituições funcional e eficaz.
No entanto,a política social duma autarquia tem que contemplar toda uma série de preocupações que influenciam a qualidade de vida dos munícipes.
Educação,Tempos Livres,Cultura,Saúde,Habitação,Transportes e Comunicações são áreas prioritárias.
A titulo de exemplo, refiro um sector muitas vezes descurado pelas Autarquias, a pretexto de ser incumbência do Governo:às Câmaras não lhes pode ser indiferente o funcionamento dos Centros de Saúde do concelho;é sua responsabilidade exigir que eles respeitem os direitos dos munícipes.
Porque estamos em período eleitoral, é de esperar que os candidatos nos dêem a conhecer as suas políticas sociais.
É também,ou principalmente, através delas que se pode avaliar o perfil dos futuros autarcas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ser ou não ser Velho

01 de Outubro de 2009


O Professor Polybio Serra e Silva,além de reconhecido cardiologista,tem dedicado muito do seu saber e experiência ao estudo do processo de envelhecimento.
A propósito do Dia do Idoso que hoje comemoramos,lembrei-me duns versos seus que li já há uns anos;tenho pena que o espaço não permita a transcrição integral,mas o Autor desculpar-me-à o prejuízo.
Aqui vai,então:
Ser “velho”ou não...
eis a questão!

é preciso aprender
a dizer:-não!
pois,sabendo envelhecer,
ser “velho”é mesmo uma opção
...

É preciso,então,definir,
Distinguir,
Entre Velho cronológico
E “Velho” fisiológico.
...
Portanto, Ser “Velho”
Com muita ou pouca idade,
Mas antiquado
É ,na verdade,
O resultado
De não saber
Envelhecer!
...
Sendo assim,
Cá para mim,
Não ser “Velho” é conseguir
Atingir
Uma idade
Avançada,
Tendo conservada
A mentalidade
Da mocidade.