quinta-feira, 18 de junho de 2009

As Autarquias e a Crise

18 de Junho de 2009



A propósito da crise, afirmava há tempos o Presidente da Associação Nacional de Municípios:”não acredito em respostas centrais para problemas locais”.Julgo entendê-lo, porque, na mesma ocasião, também disse que o Governo devia consultar as autarquias para enfrentar e ajudar a delimitar a crise.
Se esta, pelas causas e dimensão, exige respostas globais, logo, não ao alcance de um só país e muito menos duma qualquer autarquia, não poderá isso ser pretexto para baixar os braços ou ficar inerte.
É tempo de acção: cada um de nós, à sua medida, tem o dever de fazer alguma coisa, particularmente as autarquias. Porque conhecedoras das realidades locais, têm que ser as primeiras a dar respostas concretas.
Existem alguns bons exemplos. Um deles é o vizinho concelho de Mortágua. Atento às preocupações das pessoas e empresas, no Orçamento de 2009 definiu 18 medidas de apoio às famílias e incentivo às empresas. Destas, merecem-me particular destaque: isenção de taxa de construção para jovens casais; isenção de 50% das taxas devidas nos processos de reconstrução e reabilitação de edifícios degradados; redução de 50% do IMI; empresas que se instalem no concelho e criem, no mínimo, cinco postos de trabalho ficam isentas de taxa de edificação; nos estabelecimentos públicos de ensino o prolongamento de horário será gratuito…Enfim, são alguns apoios e incentivos que revelam preocupações sociais e são um excelente sinal e exemplo.
Nestes tempos de agruras, é disto que precisamos e esperamos de quem detém poder.
A prioridade tem que ser poupar no que é supérfluo (e então agora, com eleições à vista!) para concentrar apoios naquilo que possa manter e incentivar trabalho para todos.

Sem comentários:

Enviar um comentário