quinta-feira, 8 de julho de 2010

Portugal Profundo (1)

8 de Julho de 2010


Apesar de todos os avanços tecnológicos, particularmente na área das telecomunicações, ainda persistem em Portugal situações comparáveis a realidades do chamado Terceiro Mundo: temos muitos locais onde, apesar de avultados gastos em antenas individuais, as pessoas não têm acesso com o mínimo de qualidade ao sinal aberto de televisão; há muitas zonas privadas de rede de telemóvel; há povoações que frequentemente ficam sem telefone, por períodos longos, sem qualquer explicação.
Um exemplo vivido: numa aldeia do concelho de Arganil (PISÃO), apesar de anos e anos de reclamações, não restou outra alternativa aos moradores (e ainda são algumas dezenas) que não fosse o organizarem-se e custearem, eles próprios, a montagem duma antena colectiva, em local próximo e de melhor captação, bem como as respectivas ligações às casas.
O sistema de recurso lá foi remediando, com muita manutenção, mas, como tudo na vida, chegou a um ponto em que deixou mesmo de servir.
Privados de ver qualquer canal, a alternativa para os moradores é a contratação de serviços de satélite. É ver os senhores da ZON e MEO a aproveitarem-se…
Pessoas de escassos recursos são agora obrigadas a desembolsar uma mensalidade, para não ficarem privados dum bem a que têm direito e para o qual, afinal, têm obrigatoriamente que pagar (taxa de áudio visual).
Haja respeito!

Sem comentários:

Enviar um comentário