quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Dinheiro e Felicidade

27 de Agosto de 2009


O dinheiro é um instrumento cheio de potencialidades. Alguém disse: quando bem usado, particularmente na sua função social, é ouro; mas quando mal utilizado é esterco.
Podendo ser um meio para a felicidade, não é a felicidade.
Possuir dinheiro é um direito e objectivo legítimos, mas quem faça disso a sua única motivação nunca será verdadeiramente feliz.Com ele podemos adquirir muitas coisas, mas nunca o essencial: a felicidade.
Como disse, o dinheiro é coisa boa quando usado com responsabilidade social, mas pode ser causa de infelicidade quando adquirido ou utilizado por meios moralmente condenados.
Embora haja inúmeras definições e conceitos de felicidade,no meu entendimento,a autêntica está ao alcance de todos,ricos ou pobres.
Somos felizes quando nos tratamos bem a nós próprios e aos outros como a nós mesmos:a verdadeira felicidade é solidária,tem que ser partilhada.
Seremos tanto mais felizes, quanto livres da ganância e egoísmo.
Aos que têm dinheiro para além das suas necessidades, lembro a definição de Léon Tolstoi:”A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira”.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Deve e o Haver

20 de Agosto de 2009


No que respeita a gestão financeira ,quem governa tem que praticar as mesmas regras que uma família sensata aplica na sua economia doméstica:ponderar as despesas e as receitas.
Sempre que os gastos são superiores aos ganhos,das duas três:ou vendemos o que ainda temos, pedimos emprestado ou então passamos mal.
Qualquer das situações acarreta compromissos e prejuizos.Quando vendemos tudo já nada mais nos resta e ficamos ainda mais pobres;ao pedir emprestado,mais tarde ou mais cedo, teremos que pagar.Todos sabemos que quanto pior for a situação financeira ,mais custoso será obter empréstimos.
Dizem os economistas que Portugal está a gastar acima das suas possibilidades.Significa que o nosso défice é cada vez maior e ,tendo que pedir dinheiro a outros países,cada vez teremos que o pagar mais caro.
Sendo difícil imaginar que seja possivel,na actual conjuntura ,agravar mais os impostos à grande maioria dos portugueses,não vislumbro outra solução que não passe por poupar mais no supérfluo ,praticar uma política fiscal mais justa e por aproveitar melhor os nossos recursos.Se não quisermos comprometer o futuro,temos que nos governar à medida dos nossos meios.
Nada adianta dizer que há mais países como o nosso,ou ainda piores.Aqui,como em tudo,temos que contar prioritariamente connosco.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Oportunistas

13 de Agosto de 2009


Respeito todos os que,dentro dos partidos,se empenham honesta e democraticamente ,de acordo com os seus ideais,por uma sociedade melhor.
A cidadania não se esgota nos partidos,mas sem eles não há democracia.
O que me custa a aceitar é a atitude de alguns que se servem deles apenas para alcançar interesses pessoais.
Os maiores partidos,os que podem levar ao poder,são particularmente procurados e frequentados por este tipo de pessoas.
A coisa torna-se mais escandalosa quando,se por quaisquer circunstância,não lhes é garantido um “tacho”,logo eles ameaçam sair e bater à porta do outro partido que ,de imediato e alegremente os acolhe.
Este comportamento é um atentado ao exercício da cidadania e ,como tal,prejudica a democracia.
Claro está que,neste caso,os partidos são os principais responsáveis.No engodo de “roubar”mais uns votos ao concorrente,tudo lhes serve.
Felizmente, os cidadãos vão conhecendo estas habilidades e, no momento certo,saberão distinguir os políticos dos oportunistas.