quinta-feira, 26 de março de 2009

O cadastro e o registo

26 de Março de 2009



Em Junho de 2006, o Secretário de Estado do Ordenamento do Território anunciou, com grande urgência, que, ainda nesse ano (2006!), arrancaria o cadastro nacional.
Tive oportunidade de então manifestar satisfação, porque, entre muitas vantagens, isso facilitaria a implementação das Zonas de Intervenção Florestal.
Apesar de não se detectar nenhum desenvolvimento na nossa região, sempre confiei que o cadastro estivesse a decorrer algures pelo país. Ao ler pequena notícia do Expresso do passado 14 de Março, vi quanto estava enganado. Aí se diz que, em Abril (2009!), o Governo vai abrir concurso para o cadastro nacional, cujos trabalhos arrancarão até ao Verão. Afinal passaram-se três anos sem nada se avançar, e, pior, parece não haver pressa, já que só para 2016 se prevê que esteja concluído.
Actualmente não se sabe quem são os donos de mais de 20% do território!
Sendo esta a nossa realidade e sendo urgente fazer o ordenamento territorial, particularmente das áreas florestais, seria de esperar que o Governo desse prioridade a este assunto.
Indispensável é também que, na sequência do cadastro, se proceda aos registos nas conservatórias. Repito-me: a Governo deveria tomar medidas para que, dentro dum prazo limitado, todos pudessem registar gratuitamente as suas propriedades, pelo menos até um determinado valor matricial.
Acredito que será a melhor motivação para que os pequenos proprietários rústicos possam fazer o registo.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Pais, filhos e escola

19 de Março de 2009



Porque hoje é o Dia do Pai, lembrei-me destas três vertentes, fundamentais para uma sociedade melhor.
Os nossos filhos são seres únicos que devem ser ajudados e preparados para o futuro, tendo em conta as suas próprias características.
Os pais e a escola são essenciais neste processo educativo: complementam-se.
Há pais que delegam na escola toda a responsabilidade pela educação; ouve-se-lhes com frequência: não sei o que andas a fazer na escola.
Há professores que se queixam para os alunos: não tens educação nenhuma, não sei o que te ensinam em casa.
Enquanto uns e outros assim procedem, não há condições para uma boa educação.
Os jovens precisam de sentir coerência nos métodos e autoridade, seja por parte dos pais, seja dos professores. Para isso, pais e escola deverão manter um diálogo permanente.
Neste aspecto, cabe à escola a responsabilidade por criar mecanismos e condições que incentivem esta ligação. Uma boa escola tem também que se preocupar com ajudar os pais.
O sucesso da escola depende em grande medida do acompanhamento familiar.
Competindo à escola a iniciativa de estimular a relação com os pais, não podem estes desinteressar-se do acompanhamento escolar dos seus filhos.
O desenvolvimento integral dos jovens só é possível com o trabalho conjunto de pais e escola: rigoroso e coerente.